Meditação
Para os ocidentais meditar significa refletir a respeito de alguma coisa. No oriente, meditar é algo bem diferente. Entrar num estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo.
Assim, através da meditação vamos prestar atenção e descobrir como funcionamos. Como agimos em determinadas situaçães, porque respondemos uma coisa quando gostariamos de dizer outra, porque fugimos daquilo que mais queremos, porque vivemos mergulhados na ansiedade, na depressão e no cansaço quando queremos apenas a tranquilidade.
Grande parte dessa confusão é criada pela mente. Podemos dizer que ela é o instrumento de nossa consciência e contêm a somatória de nossos condicionamentos, padrões de pensamento, nossa memória e nosso lado racional.
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Dicas para a prática da Meditação
A práica da meditação, embora simples, requer bastante disciplina e regularidade. Abaixo estão algumas dicas de como iniciar sua prática de meditação.
- Escolha um lugar sereno onde você possa sentar-se de maneira confortável e com a coluna ereta. Pode ser numa cadeira ou no chão com as pernas cruzadas. Sentar-se sobre uma pequena almofada ajuda a manter as costas eretas. Use roupas que não apertem nem incomodem.
- Acender um incenso ou colocar uma música bem suave pode ajudar a criar um clima de tranquilidade no início. Depois de algum tempo, pode ser que você prefira dispensá-los.
- Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Você se sentirá frustrado por não conseguir se concentrar e desanimará de sua prática diária. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais tranquilos e descansados. Porém, isso também é individualizável. Se você sentir que consegue melhores resultados é noite, escolha esse horário.
- Comece com dez minutos diários. Coloque um relógio para despertar após esse tempo, assim sua mente não poderá sabotá-lo fazendo-o acreditar que já se passaram muito mais que dez minutos.
- Não se mova durante esse tempo. O corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele. Mover o recipiente faz com que a água também se mova e, lembre-se, o que você quer é que sua mente permaneça quieta e imóvel.
- A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.) sem que isso necessite de grandes esforços. Caso você disperse, reconduza sua atenção suavemente ao objeto escolhido.
- Qualquer coisa que aconteça estará bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando pela sua cabeça, se você tiver vontade de chorar ou de rir, se você achar que nunca vai conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado e, sempre que possível, volte a sua atenção para o objeto sobre o qual está meditando.
Técnica do Observador Passivo
Existem centenas e mais centenas de técnicas de meditação e cada pessoa deve descobrir a qual melhor combina consigo e a que produz melhores resultados. Alguns preferem meditar com mantras, muitos gostam de observar a respiração e outros usam imagens ou símbolos. Porém, o que essas têcnicas têm em comum é o fato de despertarem o observador passivo.
Observador passivo é aquela parte nossa que se mantêm distante da turbulência da nossa vida diária. Ele é como um sábio que olha o vilarejo do alto de uma colina. Ele vê as pessoas correndo de um lado para outro, as crianças brincando, um cachorro procurando comida, alguém morrendo, um bebê nascendo, a geada queimando a colheita e nada disso o afeta. Ele permanece sentado no alto de seu monte, pois sabe que a dor ou a alegria brotam da mesma fonte e nenhuma delas é permanente. O observador passivo sabe que a verdadeira felicidade pertence ao Eu-Superior e que quando estamos conscientes dele, nada mais nos afeta.
Mas ele tambêm é um grande professor. Se você ficar com alguém 24 horas por dia observando como ele come, como se veste, como fala e age, como dorme, no final de uma semana você conhecerá muito dessa pessoa. Assim, se nos observarmos tempo suficiente, aprenderemos muito a nosso respeito. Aprenderemos como é que funcionamos, como agem nossos pensamentos e sentimentos, como eles influenciam nossas escolhas, etc. Quando desenvolvemos o observador passivo, podemos olhar de longe a paisagem de nossa vida e encarar os desafios que ela nos propíe com insenção de íntimos, sem deixar que o emocional nuble nossa percepção. é por isso que é tão fácil aconselhar um amigo com problemas. Como não estamos envolvidos emocionalmente, temos uma visão panorámica da situação e podemos perceber as falhas e as possibilidades que ele não vê. Quando olhamos as coisas com uma certa distáncia, entendemos o contexto e os motivos por três dos fatos. E, com essa compreensão, podemos encontrar saídas criativas, podemos ver portas onde antes parecia existir apenas muros.