Rastafári

Rastafári é um movimento religioso que prega o retorno dos negros à terra natal de seus antepassados, a África.


Este movimento proclama Haile Selassie I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (algo do que os abraamicos chamam de Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, e faz parte da trindade sagrada o Messias prometido. O nome Rastafari tem sua origem em Ras (príncipe ou cabeça) Tafari Makonnen, o nome de Haile Selassie I antes de sua coroação.


O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros em meados dos anos 30, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassie como o único monarca Africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e o conquistador do Leão de Judá, que foram dados pela Igreja Ortodoxa etíope, que existe há muito tempo e não tem relação com a Católica.


Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de idéias religiosas, vide a Guerra de Canudos e Guerra do Contestado, as quais tiveram seus respectivos líderes messiânicos.


Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva", aspirações políticas e afrocentristas, incluindo ensinamentos do publicista e organizador Jamaicano Marcus Garvey (também freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.


O movimento é algumas vezes chamado Rastafarianismo, porém alguns Rastas consideram este termo impróprio e ofensivo, já que "ismo" é uma classificação dada pelo sistema babilônico, o qual é combatido pelos rastas.


O movimento Rastafari se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do Reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de Reggae jamaicano Bob Marley. Em 2000 haviam aproximadamente 1.000.000 de seguidores do Rastafari pelo mundo, segundo uma pesquisa, mas é algo realmente difícil de saber, pois muitos vivem longe da civilização. Por volta de 10% dos jamaicanos se identicam com Rastafaris. Muitos dos Rastafaris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares de Levítico e Deuteronômio no Velho Testamento.


O encorajamento de Marcus Garvey aos negros terem orgulho de si mesmos e de sua herança africana inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que haviam sofrido lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e da África, um exemplo é o porque que não te ensinam sobre a Antiga Nação Etíope que derrotou os italianos 2 vezes e foi a única nação livre na África desde sempre. Eles mudaram sua própria imagem que era a que os brancos faziam deles, como primitivos e saídos das selvas para um desafiador movimento pela cultura africana que agora é considerada como roubada deles, quando foram retirados da África por navios negreiros. Estar próximo a natureza e da savana africana e seus leões, em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles tem da cultura africana.


Viver próximo e fazer parte da natureza é visto como africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, Ganja, e comida fresca, e em todos os aspectos da vida Rasta. Eles desdenham a aproximação da sociedade moderna com o estilo de vida artificial e excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a um papel sem qualquer importância.


Rastas dizem que os cientistas tentam descobrir como o mundo é por uma visão de fora, quando os Rastas olham a vida de dentro, olhando para fora, e todo Rasta tem de encontrar sua própria verdade.


Outro importante identificador da Afrocentricidade é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho, representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento Rastafari, e da lealdade dos Rastas a Haile Selassie, a Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possivelmente vivem. Estas cores são freqüentemente vistas em roupas e decorações. O Vermelho representa o sangue dos mártires, o verde representa a vegetação da África enquanto o dourado representa a riqueza e a prosperidade que a África tem a oferecer.


Muitos Rastafaris aprendem a língua amárica, que eles consideram ser sua língua original, uma vez que esta é a língua de Haile Selassie I, e para identificá-los como etíopes; porém na prática eles continuam a falar sua língua nativa, geralmente o inglês, mas diferenciado, o falado na jamaica (patois). Há músicas de reggae escritas em amharic.

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